Você sabia?
1) Todas as crianças finlandesas têm direito ao mesmo ensino, seja o filho do político ou o do porteiro.
2) Todas as escolas são públicas, e oferecem além do ensino e material, 1 refeição, e transporte gratuito para as crianças que moram a uma distância de 5 km ou mais da escola.
3) Os professores são extraídos dos 10% melhores colocados entre os graduados.
4) As crianças têm um professor particular disponível se precisarem de reforço.
5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.
E esse é só o começo da conversa...
O investimento em educação da Finlândia se equipara ao de muitos países como Austrália, Alemanha, França...mas o desempenho dos alunos finlandeses é destacado.
Lá, a criança começa a estudar aos 6 anos (pré-escola, não obrigatória), 7 anos (obrigatória). A carga horária nas escolas é menor do que a de muitos países, varia de acordo com a idade, e a educação básica consiste em 9 anos. Aos 15 anos de idade, o ciclo básico termina e o aluno pode escolher ir para uma General Upper Secondary School (como se fosse o nosso ensino médio regular) ou ingressar em uma Vocational Institution (como se fosse uma escola técnica). De lá ele pode partir para o ensino superior regular ou politécnico.
A universidade é gratuita e o número de vagas e cursos varia de acordo com a necessidade da sociedade, o que gera uma disputa acirrada entre os candidatos, e onera menos o Estado, que não forma profissionais que a curto e médio prazo não serão absorvidos pelo mercado.
Existe uma base nacional, que deve ser observada entre as escolas para manter o ensino uniforme, mas como as matérias serão ensinadas e quais as matérias adicionais, desde os anos 80, quem decide são os representantes locais e professores.
Lá o foco é a qualidade e não a quantidade de horas que o aluno passa na escola.
Mas nem sempre foi assim.
Esse conto de fadas só teve início devido a um grande esforço pela mudança do sistema educacional e escolha de prioridades. A reforma levou uma década. Os resultados durarão por gerações.
Uma reforma assim bem que podia acontecer no Brasil né? O problema é que por aqui as pessoas buscam soluções rápidas. A boa e velha gambiarra, que não é feita para durar.
Fonte: Miracle of Education -The Principles and Practices of Teaching and Learning in Finnish Schools.Hannele Niemi, Auli Toom & Arto Kallioniemi, University of Helsinki, Finland, 2012.
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